Marley sempre!

Marley sempre!

One Drop


One Drop


Feel it in the one drop

And we'll still find time to rap

We're making the one stop

The generation gap

So feel this drum beat

As it beats within

Playing a rhythm resisting against the system

Ooh-we I know Jah'd never let us down

Pull your rights from wrong

I know Jah'd never let us down

Oh no! oh no! oh no!

They made the world so hard
 
Everyday we got to keep on fighting

They made the world so hard

Everyday the people are dying

From hunger and starvation, lamentation

But read it in Revelation

You'll find your redemption

And then you give us the teaching of His Majesty

For we no want no devil philosophy

Feel it on the one drop
 
And we still find time to rap

We're making the one stop

And we fill in the gap

So feel this drum beat

As it beats within, playing a rhythm

Fighting against ism and schism

 
TRADUÇÃO


 
Uma Gota

Sinta aquela única gota

E nós ainda encontraremos tempo para dançar

Estamos fazendo uma parada

O espaço da geração

Então sinta esse tambor bater

Como ele bate junto

Que toca esse ritmo lutando contra o sistema...

Eu sei que JAH nunca nos deixaria mal

Pois lutamos pelo certo

Eu sei que JAH nunca nos deixaria mal

Oh no! oh no! oh no!

Eles fizeram o mundo tão duro
 
Todos dias nós temos que continuar lutando

Eles fizeram o mundo tão duro

Todos os dias pessoas estão morrendo

De fome e de tristeza, pobreza

Mas leia isto na Revelação

Que você achará sua redenção

E então nos dê os ensinamentos de Sua Majestade

Nós não queremos nenhuma filosofia do mal

Sinta aquela única gota
 
E nós ainda encontraremos tempo para dançar

Estamos fazendo uma parada

O espaço da geração

Então sinta esse tambor bater

Como ele bate junto, tocando um ritmo

lutando contra o sistema

Bob Marley, e já se vão trinta anos!

O reggae é e vai ser sempre o seu reino, o mundo não o esqueceu. Bob Marley é um movimento sem data.
Com mais de 200 milhões de discos vendidos em todo o mundo, o “pai do reggae” nasceu a 6 de Fevereiro de 1945 em Nine Miles, na Jamaica. Durante a sua infância morou no bairro de Trenchtown, em Kingston, e, em 1962, gravou seu primeiro single, "Judge Not", no qual formou a banda The Wailers com Peter Tosh e Bunny Wailer.
Poucos anos mais tarde, mudou-se para os Estados Unidos, alegadamente por motivos financeiros. Aí, conheceu Mortimer Planno, um jamaicano de origem cubana que o ensinou parte da cultura rastafari.

Com uma nova visão da vida, Bob Marley volta para a Jamaica na década de 1970 e grava o seu primeiro álbum com os Wailers, "Catch a Fire”, e depois “Burnin”, em 1973. Um ano depois, grava o seu primeiro álbum a solo, “Natty Dread”. Rastaman Vibration" (1976) e "Exodus” (1977) foram os trabalhos que se seguiram.

Bob Marley continuou a gravar discos até o fim da sua vida. "Survival", em 1979, e “Uprising”, em 1980, foram os últimos.

As músicas rapidamente se espalharam, também consequência das mensagens que Marley passava, e o sucesso internacional foi rápido.
Para os dias de hoje ficaram temas como “Get up, stand up", "I Shot the Sheriff", "No woman no cry" e "Could you be loved".
Músicas que ainda hoje passam na rádio, na televisão e até mesmo em bares e discotecas.
Longe dos palcos e da música, Bob Marley foi uma das caras mais conhecidas do movimento espiritual Rastafari, defendendo a paz, a liberdade, a emancipação e condenando a repressão. Atualmente, o músico continua a ser um rosto usado por jovens nas lutas e manifestações pela liberdade.

“O Bob era natural. Super natural. Trinta anos depois da sua morte, ele ainda vive. É como se estivesse aqui a cantar”, disse ao The Wall Street Journal, Colin Channer, um escritor jamaicano. “A primeira vez que vi o Bob Marley foi num concerto, tinha eu 8 anos. Mas a última vez que o vi, vai ser sempre amanhã”.
Parte do texto: por Claudia Carvalho
Site publico.pt

Is This Love



Is This Love
 I wanna love you and treat you right
I wanna love you every day and every night


We'll be together with a roof right over our heads


We'll share the shelter of my single bed


We'll share the same room, yeah, oh jah provide the bread


Is this love, is this love, is this love


Is this love that I'm feeling?
Is this love, is this love, is this love
Is this love that I'm feeling?
I wanna know, wanna know, wanna know now


I got to know, got to know, got to know now
I, I, I, I, I, I, I, I, I, I'm willing and able


so I throw my cards on your table


I wanna love you, I wanna love and treat, love and treat you right
I wanna love you every day and every night


We'll be together yeah, with a roof right over our heads
We'll share the shelter yeah, oh yeah, of my single bed
We'll share the same room yeah, oh jah provide the bread
Is this love, is this love, is this love


Is this love that I'm feeling?


Is this love, is this love, is this love


Is this love that I'm feeling?


wo-o-o-oah!
Oh yes I know, yes I know, yes I know now


Oh yes I know, yes I know, yes I know now


I, I, I, I, I, I, I, I, I, I'm willing and able


so I throw my cards on your table


See I wanna love ya, I wanna love and treat ya, love and treat you right
I wanna love you every day and every night


We'll be together with a roof right over our heads


We'll share the shelter of my single bed


We'll share the same room yeah, oh jah provide the bread


We'll share the shelter of my single bed

TRADUÇÃO
  Isto É Amor?
Eu quero te amar e te tratar bem


Eu quero te amar todos os dias e todas as noites


Nós estaremos juntos com um telhado bem acima das nossas cabeças


Nós dividiremos o aconchego da minha cama de solteiro


Nós dividiremos o mesmo quarto, yeah, oh Jah garanta o pão


Isto é amor, isto é amor, isto é amor


Isto é amor que eu estou sentindo?


Isto é amor, isto é amor, isto é amor


Isto é amor que eu estou sentindo?


Eu quero saber, quero saber, quero saber agora


Tenho que saber, tenho que saber, tenho que saber agora


Eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu estou pronto e capaz.


Então eu jogo minhas cartas na sua mesa


Eu quero te amar, eu quero te amar e te tratar, te amar e te tratar bem
Eu quero te amar todos os dias e todas as noites
Nós estaremos juntos yeah, com um telhado bem acima das nossas cabeças


Nós dividiremos o aconchego yeah, oh yeah, da minha cama de solteiro


Nós dividiremos o mesmo quarto yeah, oh Jah garanta o pão


Isto é amor, isto é amor, isto é amor


Isto é amor que eu estou sentindo?


Isto é amor, isto é amor, isto é amor


Isto é amor que eu estou sentindo?


wo-o-o-oah!


Oh sim eu sei, sim eu sei, sim eu sei agora
Oh sim eu sei, sim eu sei, sim eu sei agora


Eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu estou pronto e esperando
Então eu jogo minhas cartas na sua mesa
Veja eu quero te amar, eu quero te amar e te tratar, te amar e te tratar bem


Eu quero te amar todos os dias e todas as noites


Nós estaremos juntos com um telhado bem acima das nossas cabeças


Nós dividiremos o aconchego da minha cama de solteiro


Nós dividiremos o mesmo quarto yeah, oh Jah garanta o pão


Nós dividiremos o aconchego da minha cama de solteiro

Marley Special!


Que hace que uno de los ídolos mundiales cuyo legado ha sido más manoseado y revisitado, siga vigente treinta años después de su desaparición? Más allá del hombre, como cantaba en Jah Live!, su música y su mensaje siguen presentes e incrustados en la intimidad de la humanidad de uno a otro confín del mundo, desde los taxis de Dakar a las calles de Bahía, desde los laboratorios musicales ingleses a los ganchos corales de las mareas humanas en los macro festivales. Ué, ué, yee, eeeh!. Desde los coros góspel en Sudáfrica o Florida, su mystic revelation sigue siendo rito de liberación, anhelo y esperanza para millones de personas.
Y colectando para el especial radiofónico, datos, versiones en todos los estilos, demos, tomas alternativas, ensayos en estudio, soundchecks e innumerables remezclas y mashups, uno comprende que si su impacto sigue aún hoy por encima de su propia música, por encima de los resultados de su carrera discográfica y su propia descendencia, es porque su legado guardaba el secreto de los elegidos. De los duppy conqueror que diría él recordando a su abuelo, el obeah Omeriah.
Y ese misterio, además de su formación inicial en las calles de Orange Market y Regent Street, y en la 2 de Trenchtown, de las enseñanzas vocales de Joe Higgs, de su leyenda buscavidas como Tuff Gong, de su periodo en los USA trabajando en las fábricas yankees como quería su madre Cedella, de sus servicios a la mafia americana de Danny Simms y Johnny Nash, y a la inglesa de Chris Blackwell, más allá de todo eso, puede que el origen esté en su inagotable capacidad para reinventar sus propias canciones, componer con doble y triple lenguaje a la vez, para distintos públicos, pero traspasar siempre con un corazón universal.
Mucho de eso puede verse ahora que las nuevas tecnologías han sacado a la luz multitud de imágenes y sonidos en ensayos de estudio como los de la Capitol americana en Catch a Fire, o los de Criteria en su periodo Miami del 79. Del mismo modo, las demos de Catch a Fire y Burning o de Kaya y Exodus, o las sesiones en Tuff Gong para las giras de Survival o Confrontation han acabado trascendiendo, por mucho que Chris Blackwell hubiera tratado de mantenerlos en secreto, como sus ocultos dubs, ahora agotados en su versión de vinilo, pero rescatados para siempre por internet.
Todas esas imágenes y sonidos, la mayoría de escasa calidad comparada con el estándar de hoy en día, construyen sin embargo una nueva visión de sus más conocidas canciones y de sus muchos músicos: arreglos distintos, riffs de guitarra luego olvidados sustituyendo los estribillos, teclados dibujando melodías que no trascendieron, y en el máximo de la magia del elegido, desnudo y enfermo, sólo armado con una guitarra y la determinación de quien se sabe en la verdad eterna, reinventando una y otra vez sus himnos Redemption Song o Comin’ in from the Cold en las relajadas sesiones de la Essex House en 1980.
Una visión diferente que prueba como la capacidad de emocionar del gran Bob sigue siendo inagotable, la magia de sus canciones, incluso las más comerciales o condescendientes, duradera y versátil más allá del formato o versión en que se interprete, y su emoción sencilla pero directa la mejor medicina para llevar la esperanza y la felicidad a millones de personas en todas partes del mundo (fijaros por Youtube en el éxtasis sudafricano de la adaptación góspel de No Woman No Cry por los Rootsriders con su cantante Junior personificando como pocos la personal voz de Nesta). Lo demás sobre su vida y su persona, sus leyendas urbanas, es prescindible treinta años después. Lo que queda es su presencia eterna haciendo un mundo mejor para todos.
Por Carlos Monty. Mayo 2011
nattyindered.reggae-blog.net
Mantido o idioma original

Humano, demasiado humano!


 ‘This morning I wake up in a curfew’. Foi mais ou menos assim que eu estava quando levantei hoje, mas em um ‘toque de recolher’ para trabalhar. Este trecho inicial da emblemática “Burnin’ and Lootin’” veio à tona no momento em que percebi que hoje se completa 30 anos da morte de Bob Marley.

Ok, eu não tinha nascido quando ele faleceu. Mas o impacto de sua obra em minha formação intelectual, pseudo-musical (só para escrever, toco nada…) e emocional foi tamanha, que me senti envolvido no clima daquela fúnebre tarde de 11 de maio de 1981. É como se toda a mensagem que o rei passou durante as quase duas décadas e meia que o escutei permanecessem vivas por um longo período de tempo e, abruptamente, sofressem um pequeno abalo.
Existe uma idolatração cega quando se menciona Bob Marley. Muitos nem conhecem seus passos: saem por aí pregando ‘paz e amor’ e esquecem que ele era de carne e osso e já tropeçou como todo mundo
Tudo isso não passa de mera divagação de um fã. Nos 30 anos de morte do rei, a única coisa que seria cabível pedir é que esqueça-se um pouco os momentos conflituosos que vivemos. Já que o associam ao lema ‘paz e amor’ (algo relativamente verdade), que tal trazer um pouco dessa energia positiva para o seu cotidiano?
Aproveito para falar que não vejo Bob Marley dessa forma. O que realmente me cativa é que ele foi demasiado humano mesmo quando tentou ser um pregador da paz universal ou um libertário em prol das minorias. Ele era como eu, você, o cara que vende chiclete na rua e tudo o mais. Não havia mística nenhuma em sua pessoa.
A viúva de Bob, Rita Marley, já chegou a escrever um livro de memórias e disse que ficava consternada quando o rei do reggae viajava e saía com supostas amantes (o cara tem inúmeros filhos pelo mundo).
Mitos e verdades sempre estiveram no espectro da biografia de Bob Marley. Talvez seja isso que o torne tão idolatrado nos dias de hoje por fãs que nem chegaram a vê-lo tocar vivo. Ele era a representação do gueto, a prova de que alguém que estava lutando a favor das minorias pode muito bem chegar ao estrelato sem abandonar suas raízes. Se tem uma coisa que seria errada dizer é que Bob Marley foi um dissidente de seus ideais: isso ele nunca foi. Tampouco afirmar que suas composições não condizem com a realidade que ele viveu. O que urge dizer é que existe uma espécie de idolatração cega quando se menciona Bob. Muitos nem conhecem seus passos: saem por aí pregando ‘paz e amor’ e esquecem que ele era de carne e osso e já tropeçou como todo mundo.
Hoje em dia, se ele estivesse vivo, talvez teria abandonado a doutrina rastafari, tocado bossa nova, ido a mais concertos de afro-beat e jazz e até mesmo criado uma instituição filantrópica para erradicar a miséria na África. Mas uma coisa é certa: jamais ele diminuiria a magia de ser quem ele foi: um artista verdadeiro, homem como todos nós. Rest in Peace, Bob.
retirado do site:

As 20 melhores canções do Rei do Reggae, segundo o" Na Mira do Groove"


1. “Sun is Shining” (1971)

Álbum: Soul Revolution
Naquela época, o ska e o rocksteady eram a grande febre na Jamaica devido às pegadas dançantes e a um certo abuso dos metais. Lee ‘Scratch’ Perry estava formatando as primeiras nuances do dub e era contra essa ‘contaminação’ das bases rítmicas do reggae. Ele produziu o álbum Soul Revolution e acertou ao propor um contraponto estético entre a sobreposição vocal (com uma certa defasagem, criando um eco) de Bob Marley e os solos esvoaçantes de guitarra. A canção chegou a ser remasterizada e integrou o álbum Kaya, de 1978. Mas ela tem uma aura única. Toda a ambientação criada – seja pelas adequadas pausas, o eco de Bob, os curtos solos de guitarra, backing vocals – contribuem para que “Sun is Shining” torne-se o hino que melhor resume toda a trajetória de Bob Marley.

2. “Redemption Song” (1980)

Álbum: Uprising
Não tem como ficar impassível a “Redemption Song”. Já pelo lúgubre batuque inicial, Bob Marley exala uma poesia crua, da forma mais folk possível. Aqueles que afirmam que ele se inspirou nas crônicas de Bob Dylan, provavelmente estão certos. Mas também denota o período existencial do jamaicano com a aproximação da morte e os questionamentos da vida.

3. “Zimbabwe” (1979)

Álbum: Survival
Essa daqui tem um peso imenso. Tornou-se o hino do país africano após ser tocada no Dia da Independência do país ante a colonização britânica. Provavelmente muitos jovens que estavam acompanhando a carreira do compositor não teriam contato com a realidade da África sem ouvir essa canção. O mais incrível é que ela tem uma pegada pop, fala de direitos humanos de forma universal e mostra o vigor de um artista que ainda tinha muito a mostrar pelo mundo.

4. “Who the Cap Fit” (1976)

Álbum: Rastaman Vibration
A importância de Bob Marley no contexto musical estava crescendo de forma estrondosa. Mas, com as artimanhas que as ruas e a vida lhe garantiram, ele sabia que em breve estaria cercado de má companhia. Essa canção reflete a maturidade do compositor em saber lidar com todos os tipos de pessoas possíveis. Afinal, o inimigo é aquele que dorme mais próximo de você, que conhece os seus passos. Então, deixe que a carapuça sirva.

5. “Running Away” (1978)

Álbum: Kaya
“Você não pode escapar de você mesmo”. Bob Marley repete essa frase insistentemente, não à toa, para convencer os ouvintes de que todos devem aceitar aqueles que são. Pelos tempos difíceis que havia passado na Jamaica no início da carreira, com a perseguição da polícia e do establishment contra os rastas, Bob sugere que, mesmo que estivesse no pico do estrelato (como realmente estava em 1978), não podia abandonar suas raízes. Talvez a música tivesse alguma ligação com sua recusa em mutilar seu corpo para contornar o câncer que começava a dar ares de surgimento.

6. “One Drop” (1979)

Álbum: Survival
Essa canção tem um quê interessante de brasilidade: por mais que pareça quase imperceptível, as percussões entram de forma esporádica no reggae bem estruturado da canção, que fala sobre união e perseverança. Extrato de um dos álbuns mais importantes na discografia de Bob Marley, “One Drop” universaliza os problemas recorrentes na África, continente que explorava naquele momento, incitando o fortalecimento contra algo grande que estava por vir. Quem sabe fosse um presságio para a independência do Zimbábue?

7. “Trenchtown Rock” (1975)

Álbum: Live!
Essa canção já tinha sido gravada em 1971 e passou por diversas reformulações. Foi no grandioso show em Londres no Teatro Liceu, no memorável 5 de dezembro de 1975, que Bob Marley mostrou a versão definitiva, recheada de muito swing e energia. “Uma coisa boa sobre a música é que quando ela bate você não sente dor”. Pura poesia!

8. “Burnin’ and Lootin’” (1973)

Álbum: Burnin’
Bob Marley teve um sonho estranho quando estava começando a namorar Rita. Sonhou que estava dormindo no chão e que alguns espectros estavam invadindo a casa para capturá-lo. Ele não era conhecido ainda na Jamaica mas, depois dessa passagem, evitou dormir sem a companhia de alguém. Essa canção é um pouco do reflexo desse sonho esquisito, mas carrega consigo o fardo de ainda ter que agradar os ouvintes, quando diz: “são as drogas deixam vocês lentos, não a música do gueto”. Pode parecer exagero, mas a conexão ficou ótima.

9. “Satisfy My Soul” (1978)

Álbum: Kaya
A tonalidade de Bob Marley está acentuadíssima; essa canção foi gravada em um momento ápice de sua carreira, e a letra parece dialogar com aquilo que ele estava passando naquele momento. “Oh darling-darling, I’m calling-calling” soa como se fosse um chamado musical para que todos prestassem atenção no que ele queria passar. E isso, de alguma forma, “satisfazia sua alma”.

10. “Rebel Music” (1974)

Álbum: Natty Dread
Nesta faixa, Bob se desprende do reggae music no primeiro álbum sem os integrantes originais do The Wailers. Aqui a gaita ferve, Aston Barrett dá passe livre para as magníficas incursões de Al Anderson e Bob Marley entra na onda das I-Threes e faz a voz principal como se fosse parte dos backing vocals. Talvez essa seja uma das músicas mais dinâmicas e bem pontuadas do rei do reggae.

11. “The Heathen” (1977)

Álbum: Exodus
Meio psicodélica com as inovadoras incursões de guitarra para uma música de reggae, a canção relata a crônica de soldados de Jah que ficaram fortificados após a presença do curador. “Quanto mais quente a batalha, mais doce é a vitória”. Sábias palavras…

12. “Mellow Mood” (1970)

Álbum: Mellow Mood (póstumo, 1996)
Essa linda balada da carreira inicial do rei só foi lançada postumamente. Apesar da voz um pouco tímida e contraída, Bob Marley já dava indícios de que seria um dos maiores músicos de todos os tempos por trazer a verdade em suas canções. Retrato épico.

13. “Them Belly Full” (1974)

Álbum: Natty Dread
A percussão e os backing vocals introduzem um dos temas mais complicados de se falar em música: a fome. Fica aquela ideia: por mais que a barriga esteja cheia, sempre estaremos com uma fome voraz de alguma coisa mais. Bob estava expressando os ensejos característicos do subúrbio, citando a dança de Jah como refúgio possível. Mas essa mensagem tem uma dimensão muito maior, bem sabemos disso.

14. “Work” (1980)

Álbum: Uprising
Aqui, Bob Marley mostrou como as guitarras funk e a sincronia com baixo, que lembraria muito bem uma interação entre os irmãos (que tocaram com James Brown, Phelps e Bootsy) Collins, funciona lindamente com as temáticas reggae. Ou Bob ou Jah fariam funcionar essa mistura.

15. “I Shot the Sheriff” (1973)

Álbum: Burnin’
Famosa na voz de um dos maiores roqueiros da época, Eric Clapton, “I Shot The Sheriff” deu imensa projeção a Bob Marley no universo do rock. Os jovens brancos americanos e europeus viram nessa canção a porta de entrada para conhecer aquele que seria a futura voz da Jamaica pelo mundo inteiro.

16. “Put It On” (1973)

Álbum: Burnin’
Essa é clássica em qualquer grupo de amigos. Pelo menos os que gostam da erva. Ela foi gravada inicialmente quando Bob Marley, Peter Tosh e Bunny Wailer ainda eram jovens do gueto que buscavam o estrelato na Jamaica. Mas, das inúmeras versões, fico com essa do Burnin’, que é a mais grooveada.

17. “War” (1976)

Álbum: Rastaman Vibration
De acordo com o biógrafo Timothy White, essa canção foi gravada após a morte do imperador Haile Selassie I, imperador da Etiópia. Por mais que Bob ainda estivesse trilhando caminhos utópico-doutrinários, ele faz uma linda crônica da violência humana, que ganha densidade com as pontuações do baixo.

18. “Exodus” (1977)

Álbum: Exodus
Bob Marley deu um grande salto artístico ao respirar ares europeus depois de sofrer um atentado que quase tirou sua vida na Jamaica. Essa canção exemplifica a necessária evasão do artista em busca de novas fronteiras, seja propagando os ideais Rasta ou ampliando seu público pelo mundo.

19. “Rat Race” (1976)

Álbum: Rastaman Vibration
A inserção de instrumentos metálicos e backing vocals é a grande sacada dessa música. Naquele momento, o reggae transcendia para algo mais vibrante e envolvente, tragando elementos do jazz norte-americano. E essa canção fala sobre o orgulho Rasta em não disputar a acirrada corrida capitalista que envenenou os homens.

20. “Get Up, Stand Up” (1973)

Álbum: Burnin’
Canção para levantar o astral, mostrar que causas não faltam para estar sempre em pé e lutar por aquilo que acredita. Foi o alívio necessário que Bob Marley disparou no último disco que gravou em companhia do The Wailers original, com Bunny Wailer e Peter Tosh.