Em 6 de fevereiro de 2012 marca o 67º aniversário de Robert Nesta Marley. Eu não posso imaginar como seria se ele ainda estivesse vivo, a barba um pouco “branqueada”, dreadlocks longos, até o chão, o rosto mais escavado, outra dúzia de crianças ao redor do mundo e, provavelmente, vivendo em algum lugar da África, para cultivar a terra... porque este era o seu sonho, de viver longe da Babilônia e terminar seus dias como um velho patriarca. O Moysés negro, depois de liderar seu povo para a salvação, desfruta merecido descanso. Sim, talvez Bob seria agora apenas como isso, mas é difícil imaginá-lo de forma diferente do que ele aparece, por exemplo, na capa de “Catch a Fire”. Para mim, Bob é e continuará a ser sempre um menino, a olhar você de lado como se a desafiá-lo. Bruto, primitivo, incorruptível, sem vergonha na fotografia, é o Marley que eu amo e o tornou imortal. Quem sabe, hoje estaria feliz em ver um negro como ele, se tornar presidente dos Estados Unidos, eu não sei se seria igualmente feliz com a mudança tomada pela musica, e homofobia na Jamaica em anos recentes, o rasta Deus, passa a ser o deus dinheiro, o sonho de voltar para a África, passa a ser o sonho americano. No entanto ainda há um mundo que precisa dele e suas palavras sempre presentes. Não Bob, não o esquecemos, mesmo que você tenha sido purificado, santificado, institucionalizado, o seu grito de luta e esperança ainda está vivo, se você escutar com cuidado, você agora vai ouvir. Então, feliz aniversário, meu irmão.
Não me lembro de quantas vezes eu sonhei em ir para trás no tempo, eu seria capaz de dizer o que você gostaria, como termos vivido todos esses anos sem você, como seria agora a vida/música com você, alguns artigos e LP Legend of 1984, já posso ver sua cara que lê o artigo interno “We remember the brilhant and evocative...” o que você, olhar surpreso, eu com meu inglês italianate, e sua perplexidade a esta situação absurda, não pode possivelmente compreender bem o que estava realmente acontecendo, “mas você é um homem branco? É impossível, Jah é um Blackman” “Não Bob, não sou Jah, sou um simples fã que sempre quis te conhecer, vê-lo, poder lhe falar”
Poof! E como magia, de volta a 2012, sabendo que você ainda está conosco, veja o vídeo ao vivo dos maiores festivais dos últimos 20/30 anos (Live Aid, Live Esrth), com você no palco, sabendo que você compartilha todas as colaborações musicais de assuntos humanitários (We are the world, por exemplo), ouvir cds de música nova, vê-lo novamente no palco do Olimpo em Turim, mas também conseguir uma vez por todas, preencher este vazio que você nos deixou.
Mas infelizmente eu sempre acordo para ir trabalhar, mas sabendo que de alguma forma, você faz parte de minha vida. Bom aniversário Bob!
Texto escrito originalmente em italiano por Ivan Serra e tradução do site Google
Retirado do site www.bobmarleymagazine.com
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